Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja


Agora que estamos prestes a passar a data, recordo que uma das principais conquistas de Abril foi a maior importância que passou a ter o poder local. Mais recursos para quem está mais próximo e, à partida, conhece melhor a realidade de cada concelho. As autarquias passaram a ter mais poder de decisão, mais verbas para obras. Deixaram de ser unicamente os burocratas de Lisboa a decidir sobre o que fazer nos sítios que nem sequer sabem onde ficam. Começou-se a tratar do saneamento básico e outras necessidades que agora são um dado adquirido, mas não existiam há 34 anos.
Com a adesão à Europa, o bolo aumentou para as Câmaras. Têm actualmente acesso a milhões. Mas a fatia para as freguesias acaba por se traduzir em migalhas. Não tenho conhecimento aprofundado sobre as transferências, por isso não posso falar com plena propriedade sobre o assunto.
Só fica a pergunta: é por isso que a Junta de Freguesia de Alcongosta não pode contratar uma funcionária para o atendimento ao público? Quem estava lá destacado, e ajudava sobretudo a população mais idosa, que não dispõe de transporte para ir ao Fundão tratar de certos assuntos, já não está. Tanto quanto sei, era "emprestada" pelo Centro de Emprego, como a anterior. Neste momento, faz falta essa atenção de quem foi eleito para com a população. É um dever. E já agora, se calhar tinha lógica contratar na terra. Sempre seria mais um posto de trabalho.

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