Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

Lembram-se de quando os produtores de Alcongosta tinham de ir para o Fundão fazer a Festa da Cereja, então um conjunto de bancas sem qualquer impacto? Isso faz-me lembrar o modus operandi da Confraria da Cereja, criada em 2006. Alguém deu por ela? Pois... Lá surge a questão de as coisas estarem arredadas do que deviam, de quem se importa e tem relação com as coisas.
Criada em 2006, os órgão tomaram posse num hotel da Covilhã e as primeiras entronizações decorreram em Janeiro, em Castelo Novo. Em Alcongosta foi assinada a escritura, na Quinta das Pedralvas, numa cerimónia da qual a população nem teve conhecimento.
Todos sabem que o maior número de produtores de cereja está em Alcongosta. Têm os terrenos cá e também nas terras vizinhas, como Alpedrinha, Vale de Prazes ou Castelo Novo. Mas algum faz parte dos confrades? Estupidamente, não.
Aqui, as pessoas importam-se com o escarlate fruto, e são a principais interessadas na divulgação. Em Junho vai ser a segunda entronização. Mas se pensam que se vai associar isso à Festa da Cereja de Alcongosta, aproveitando sinergias, estão enganados. A cerimónia vai ser dias depois, e não cá, onde a projecção e envolvência poderia ser maior.
Agora diz-se que vão ser convidados vários produtores. Vamos ver se serão apenas os que estão mais próximos do poder ou os "tubarões". Também vão ser convidados vários políticos, o ministro da agricultura e a fadista Kátia Guerreiro, se não tiver mais nada marcado.
Assim se vê o critério. Chegam, comem umas cerejas, vestem a fatiota e partem, para nunca mais voltar ou lembrarem-se do seu "juramento".
Mas vamos esperar para ver. De qualquer forma, fica o lamento por não se fazer o segundo capítulo em Alcongosta, durante a festa.
Tomada de posse
Entronização

4 comentários:

Anónimo disse...

perdoem me a ignorância mas... o que é uma confraria?

Anónimo disse...

Antigamente tinham um significado completamente diferente, ligado à religião.
Hoje são associações de pessoas que se reúnem em torno de um produto com o objectivo de o promover. Normalmente usando umas roupas tótós e umas medalhas ao pescoço.
Na região estou-me a lembrar de mais algumas confrarias: a do Azeite, a da Penela no Forno ou a do Vinho da Beira Interior.

Anónimo disse...

Gostei. É de vozes assim, que o país precisa. Não devemos calar a nossa voz, quando a razão nos assiste. Continua, o caminho é esse.

Anónimo disse...

Bem visto... o problema é que estas pessoas (confrades) não estão la para promover o que seja mas sim para passear e divertirem-se. São uma especie de chupistas. Gostava que me esclarececem porque é que não há confrades pobres ou com poucas posses? são quase todos ricos e vigaristas, porque???
temos que criar uma confraria dos homens serios e acabar com essas confrarias de fachada que só fomentam o bolso deles

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