Inesperadamente o post sobre a poda de duas tílias no meio de Alcongosta gerou alguma discussão, troca de ideias, sugestões, novas informações e justificações não oficiais.
Entre os comentários contam-se os importantes contributos do Pedro Nuno, do blog Sombra Verde, que nos ajuda a ter uma perspectiva do assunto. Haverá certamente outras. O Sombra Verde divulgou o caso e, simpaticamente, o Pedro Nuno voltou a comentar. Perante a valiosa intervenção, de alguém que fala com mais conhecimento de causa sobre estas matérias que qualquer um de nós, decidi dar destaque a duas mensagens deixadas no Pedaços.
Entre os comentários contam-se os importantes contributos do Pedro Nuno, do blog Sombra Verde, que nos ajuda a ter uma perspectiva do assunto. Haverá certamente outras. O Sombra Verde divulgou o caso e, simpaticamente, o Pedro Nuno voltou a comentar. Perante a valiosa intervenção, de alguém que fala com mais conhecimento de causa sobre estas matérias que qualquer um de nós, decidi dar destaque a duas mensagens deixadas no Pedaços.
"Há quem seja pelos carros, eu sou pelas árvores!
Tenho carro e já o estacionei debaixo de tílias. Talvez tenha tido sorte, mas as "malandras" nunca me estragaram a pintura!
No entanto, tenho o carro cheio de amolgadelas de quem não tem cuidado a abrir as portas do respectivo automóvel. Recomenda-me que aplique a esses, o mesmo tratamento que recomenda para as tílias?!
Já agora, deverei também "cortar" quem me fez um risco de um dos lados do carro e "não deixar de pé" o vizinho que me amolgou o outro lado do carro?
E já agora, deveremos exterminar todos os pássaros que fazem as suas necessidades sobre a pintura dos automóveis? E que fazer aos cães que urinam nas rodas? E que fazer aos insectos que se "esborracham" contra os carros nas auto-estradas?! Não seria de fumegar todas as auto-estradas com poderosos insecticidas?
E a "chatice" das crianças?! Não seria de as exterminar a todas para que não amolgassem os carros com as bolas de futebol?
E as cerejeiras que defende?! Não irão elas produzir cerejas que se irão esmagar contra a preciosa pintura do seu carro?!
Melhor, melhor, era plantar árvores de plástico: não sujam, não atraem "bicharada porcalhona", não crescem, não entopem as sarjetas com folhas e não precisam de rega. Excelente!
Termino como comecei:Há quem seja pelos carros, eu sou pelas árvores!"
Pedro Nuno Teixeira Santos
Tenho carro e já o estacionei debaixo de tílias. Talvez tenha tido sorte, mas as "malandras" nunca me estragaram a pintura!
No entanto, tenho o carro cheio de amolgadelas de quem não tem cuidado a abrir as portas do respectivo automóvel. Recomenda-me que aplique a esses, o mesmo tratamento que recomenda para as tílias?!
Já agora, deverei também "cortar" quem me fez um risco de um dos lados do carro e "não deixar de pé" o vizinho que me amolgou o outro lado do carro?
E já agora, deveremos exterminar todos os pássaros que fazem as suas necessidades sobre a pintura dos automóveis? E que fazer aos cães que urinam nas rodas? E que fazer aos insectos que se "esborracham" contra os carros nas auto-estradas?! Não seria de fumegar todas as auto-estradas com poderosos insecticidas?
E a "chatice" das crianças?! Não seria de as exterminar a todas para que não amolgassem os carros com as bolas de futebol?
E as cerejeiras que defende?! Não irão elas produzir cerejas que se irão esmagar contra a preciosa pintura do seu carro?!
Melhor, melhor, era plantar árvores de plástico: não sujam, não atraem "bicharada porcalhona", não crescem, não entopem as sarjetas com folhas e não precisam de rega. Excelente!
Termino como comecei:Há quem seja pelos carros, eu sou pelas árvores!"
Pedro Nuno Teixeira Santos
"Se, de facto, as raízes das tílias estavam a interferir com o canal de água, a solução seria (inevitavelmente) cortá-las.
A poda praticada daquela forma bárbara e incompetente não pretendia resolver o problema; embora, ao provocar a morte das tílias, o tenha resolvido!
Não duvido que as raízes das árvores pudessem estar a interferir com o dito canal, mas a verdade é que estamos todos habituados a ouvir as mais variadas desculpas para podar as árvores.
Aquilo que tem que ser feito é planear a escolha das espécies a plantar, ou seja, plantar uma árvore não é um acto tão simples quanto aparenta. É preciso antever se a árvore irá ter espaço para desenvolver a sua copa ou se, por exemplo, as suas raízes poderão interferir com alguma linha de água (como parece ser este o caso).
Esta é a melhor maneira de resolver os problemas, ou seja, evitando-os!
O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles já dizia: "se não há espaço para a árvore, plante-se o arbusto; se não há espaço para o arbusto, coloque-se um vaso com flores".
O que não é admissível é esta prática “terceiro-mundista” de mutilar as árvores. Se, neste caso em concreto, não era possível prever que as tílias iriam interferir com a linha de água, então a única alternativa no presente seria o respectivo abate. Sempre seria uma morte com dignidade!
Neste caso, a Junta de Freguesia aparenta ter uma dupla culpa:
1º) Fez uma escolha errada do local para plantar as árvores (se sempre for verdade que as mesmas interferem com a linha de água).
2º) Depois, aparenta não tido coragem para assumir o erro e cortar as árvores. Optou pela morte lenta e degradante da "poda camarária"!
P.S. - A ideia de plantar cerejeiras é interessante. Mas é preciso antever que muitas pessoas irão "embirrar" com as cerejas que, inevitavelmente, irão cair sobre passeios e automóveis.
É o que acontece com as amoreiras ou com as ameixeiras-de-jardim.
Mas a verdade é que há pessoas que, por qualquer motivo, embirram sempre com as árvores, sejam tílias, cerejeiras ou outras quaisquer.
Pelo menos existem os blogues que permitem que estas questões se discutam e se conheçam mais pessoas preocupadas com as árvores."
A poda praticada daquela forma bárbara e incompetente não pretendia resolver o problema; embora, ao provocar a morte das tílias, o tenha resolvido!
Não duvido que as raízes das árvores pudessem estar a interferir com o dito canal, mas a verdade é que estamos todos habituados a ouvir as mais variadas desculpas para podar as árvores.
Aquilo que tem que ser feito é planear a escolha das espécies a plantar, ou seja, plantar uma árvore não é um acto tão simples quanto aparenta. É preciso antever se a árvore irá ter espaço para desenvolver a sua copa ou se, por exemplo, as suas raízes poderão interferir com alguma linha de água (como parece ser este o caso).
Esta é a melhor maneira de resolver os problemas, ou seja, evitando-os!
O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles já dizia: "se não há espaço para a árvore, plante-se o arbusto; se não há espaço para o arbusto, coloque-se um vaso com flores".
O que não é admissível é esta prática “terceiro-mundista” de mutilar as árvores. Se, neste caso em concreto, não era possível prever que as tílias iriam interferir com a linha de água, então a única alternativa no presente seria o respectivo abate. Sempre seria uma morte com dignidade!
Neste caso, a Junta de Freguesia aparenta ter uma dupla culpa:
1º) Fez uma escolha errada do local para plantar as árvores (se sempre for verdade que as mesmas interferem com a linha de água).
2º) Depois, aparenta não tido coragem para assumir o erro e cortar as árvores. Optou pela morte lenta e degradante da "poda camarária"!
P.S. - A ideia de plantar cerejeiras é interessante. Mas é preciso antever que muitas pessoas irão "embirrar" com as cerejas que, inevitavelmente, irão cair sobre passeios e automóveis.
É o que acontece com as amoreiras ou com as ameixeiras-de-jardim.
Mas a verdade é que há pessoas que, por qualquer motivo, embirram sempre com as árvores, sejam tílias, cerejeiras ou outras quaisquer.
Pelo menos existem os blogues que permitem que estas questões se discutam e se conheçam mais pessoas preocupadas com as árvores."
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