Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

20 setembro 2008

Poda radical



As fotos acima são de uma curiosa poda feita este ano em duas árvores situadas perto da fonte. Eu diria que foi uma chamada poda radical. Levada tão ao extremo que este Verão já vai no fim e as ditas árvores ainda não têm folhas.
De uma só resta o tronco. A outra ficou com uns galhos. Mas os cortes devem ter sido mal calculados, porque os novos não rebentaram e as poucas folhas que despontaram estão secas.
Algo correu mal aqui. Não sei de quem foi a responsabilidade nem tenho conhecimentos para saber se elas vão recuperar. Provavelmente não foi uma situação intencional. Mas o ideal será numa próxima ocasião quem andar nestas lides informar-se com quem percebe de podas.

19 comentários:

Anónimo disse...

Eu ouvi dizer que foi mesmo para secarem

scorpio mab disse...

relata o caso aqui http://sombra-verde.blogspot.com/

e porque não ao SOS ambiente, de pouco servirá, mas...

http://www.gnr.pt/portal/internet/sepna/12.denuncias/form_sepna.asp

Anónimo disse...

Se era para secarem mesmo, mais valia terem cortado logo as pobres das arvores. A sombra delas devia estar a incomodar muita gente!!!! Não ha consciência nenhuma naquilo que se faz nesta terra, o que esta bem poêm-se mal e o que esta mal continua mal.

Anónimo disse...

realmente é pena ,que a senhora que vive na casa enfrente à pobre árvore na qual , teima em rebentar algumas folhas, não experimentasse deitar o herbicida nas avultadas quintas que tem vindo a adquirir .-
É pena que os senhores defensores do ambiente não passem por Alcongosta para pedirem responsabilidades do rico exemplo que ali se encontra.-

Anónimo disse...

estas tilias realmente estavão já bonitas... mas nunca deveriam ter sido plantadas ali naquele local, uma vez que é mais importante a nascente que fornece água às fontes, e as tilias já tinham as raizes dentro do depósito da fonte. não sei se foi essa a razão mas o que é verdade é que a que esta na capela de são sebastião também já tem os dias contados, devido a estar a levantar as pedras do calvário, e antes que venham os ambientalistas proteger uma simples arvore, vai-se velar pelo património quinhentista.

Anónimo disse...

se fosse eu a mandar nem uma ficava de pé em alcongosta e os pinheiros plantados no loteamento levavam o mesmo destino... as tilias estragam a pintura aos carros e não tem nada a ver com alcongosta. os senhores responsaveis ja deveriam ter pensado em trocar essas arvores todas que não são nossas por cerejeiras de qualidades que ja não se produzem e que estão em vias de extinção como é o caso da mirandela, napoleão, roxa,espanhola, morangão,etc. afinal alcongosta é a terra da cereja.

Anónimo disse...

Não sei se as cerejeiras são adequadas às zonas mais urbanas, mas a ideia do Che Guevara de preservar as variedades de cereja que sempre conhecemos, e estão a desaparecer por verem o seu valor comercial diminuído, parece-me merecedora de atenção.

Anónimo disse...

todas não é preciso. porque a pintura dos carros nem é assim tão importante, e alguns até merecem.
quanto á questão das cerejeiras não era má ideia, porque até já vi cerejeiras em cidades litorais e ficam arvores porreiras.
mas seria mais imteressante criar-se um parque ou pomar com a identificação das crejeias para se oferecer aos visitantes e aos mais novos que já não são do tempo dessas variedades e de outras que já nem aparecem nesta região e que eram abundantes.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caros autores do "Pedaços de Alcongosta":

Em breve, falarei deste caso na "Sombra Verde".

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

P.s. - Mas, já agora, não resisto a responder ao Sr. "Che Guevara":

Há quem seja pelos carros, eu sou pelas árvores!

Tenho carro e já o estacionei debaixo de tílias. Talvez tenha tido sorte, mas as "malandras" nunca me estragaram a pintura!

No entanto, tenho o carro cheio de amolgadelas de quem não tem cuidado a abrir as portas do respectivo automóvel. Recomenda-me que aplique a esses, o mesmo tratamento que recomenda para as tílias?!

Já agora, deverei também "cortar" quem me fez um risco de um dos lados do carro e "não deixar de pé" o vizinho que me amolgou o outro lado do carro?

E já agora, deveremos exterminar todos os pássaros que fazem as suas necessidades sobre a pintura dos automóveis? E que fazer aos cães que urinam nas rodas? E que fazer aos insectos que se "esborracham" contra os carros nas auto-estradas?! Não seria de fumegar todas as auto-estradas com poderosos insecticidas?

E a "chatice" das crianças?! Não seria de as exterminar a todas para que não amolgassem os carros com as bolas de futebol?


E as cerejeiras que defende ?! Não irão elas produzir cerejas que se irão esmagar contra a preciosa pintura do seu carro?!

Melhor, melhor, era plantar árvores de plástico: não sujam, não atraem "bicharada porcalhona", não crescem, não entopem as sarjetas com folhas e não precisam de rega. Excelente!

Termino como comecei:Há quem seja pelos carros, eu sou pelas árvores!

Anónimo disse...

respondendo ao gardunha, claro que são adequadas, temos o exemplo muito conhecido das cerejeiras do japão em plenas cidades, e que grande atracção que elas são para o turismo.

Anónimo disse...

Nunca pensei que fosse possivel dizer tanta estupidez, mas parece que estava errado. As arvores são seres lindos, custa-me a quer que tais actos sejam cometidos contra elas, mas depois ainda virem pessoas apoiar tais actos por causa da pintura do carro??? e depois falarem do que nao sabem em relação as cerejeiras...enfim...e depois os ditos ambientalistas é que são radicais! Sempre que me dizem isso eu acho uma piada!! Agora ainda tenho mais um motivo pra me rir, e não é de felicidade claro. e grande resposta PNTS.

Anónimo disse...

o mal ja esta feito, infelizmente assim os moradores daquelas casa o destinaram. agora penso k a melhor coisa a fazer (e isto penso ser o mais rapido possivel) é k a junta de freguesia remova os restos mortais das ditas arvores e ali coloque outras arvores,mas plantem por exemplo cerejeiras bravas, carvalhos... nao pensem em voltar a colocar tilias pois tenho a certeza k nao vao dar tempo a k eles desenvolvam.
p.s- um dos comentarios k ouvi por parte de gente da terra é k as ditas arvores criavam "raposos" nos tubos k levam a agua para a fonte das duas bicas, nao sei até k ponto isto poderá ser possivel.

Anónimo disse...

Não é possível voltarem a rebentar por elas?

Anónimo disse...

já estão a rebentar. não se incomódem mais!... mas se estavam a estragar o decurso da água da fonte axo bem que sejam retiradas e se possivel fassam um jardim no local com arbustos ou flores, e deixem as cerejeiras para os pomores ou para outros jardins de embelesamento da freguesia, se me recordo tb era promessa eileitoral.

Anónimo disse...

já estão a rebentar. não se incomódem mais!... mas se estavam a estragar o decurso da água da fonte axo bem que sejam retiradas e se possivel fassam um jardim no local com arbustos ou flores, e deixem as cerejeiras para os pomores ou para outros jardins de embelesamento da freguesia, se me recordo tb era promessa eileitoral.

Anónimo disse...

Não é conhecida uma justificação oficial. Nem sequer se sabe exactamente a quem se deveu esta poda, mas foi aqui dito que poderia estar a prejudicar o curso da água que vai para a fonte das duas bicas.
A ser verdade, e embora custe ver duas árvores desaparecer, numa terra que viu tantas arder, talvez seja um daqueles casos "do mal o menor".
Já aqui foi publicado um post em que considerava a água daquela fonte o bem mais exportado de Alcongosta, onde dezenas de pessoas vêm diariamente encher os garrafões. E seria lamentável pôr em risco a água da fonte. A melhor que alguma vez bebi.
Só uma dúvida: se o objectivo era impedir que as raízes continuassem a perturbar,porque é que não se arrancaram as árvores. É que assim parece realmente uma poda feita com os pés...

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Se, de facto, as raízes das tílias estavam a interferir com o canal de água, a solução seria (inevitavelmente) cortá-las.
A poda praticada daquela forma bárbara e incompetente não pretendia resolver o problema; embora, ao provocar a morte das tílias, o tenha resolvido!

Não duvido que as raízes das árvores pudessem estar a interferir com o dito canal, mas a verdade é que estamos todos habituados a ouvir as mais variadas desculpas para podar as árvores.

Aquilo que tem que ser feito é planear a escolha das espécies a plantar, ou seja, plantar uma árvore não é um acto tão simples quanto aparenta. É preciso antever se a árvore irá ter espaço para desenvolver a sua copa ou se, por exemplo, as suas raízes poderão interferir com alguma linha de água (como parece ser este o caso).

Esta é a melhor maneira de resolver os problemas, ou seja, evitando-os!
O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles já dizia: "se não há espaço para a árvore, plante-se o arbusto; se não há espaço para o arbusto, coloque-se um vaso com flores".
O que não é admissível é esta prática “terceiro-mundista” de mutilar as árvores. Se, neste caso em concreto, não era possível prever que as tílias iriam interferir com a linha de água, então a única alternativa no presente seria o respectivo abate. Sempre seria uma morte com dignidade!

Neste caso, a Junta de Freguesia aparenta ter uma dupla culpa:

1º) Fez uma escolha errada do local para plantar as árvores (se sempre for verdade que as mesmas interferem com a linha de água).

2º) Depois, aparenta não tido coragem para assumir o erro e cortar as árvores. Optou pela morte lenta e degradante da "poda camarária"!

P.S. - A ideia de plantar cerejeiras é interessante. Mas é preciso antever que muitas pessoas irão "embirrar" com as cerejas que, inevitavelmente, irão cair sobre passeios e automóveis.
É o que acontece com as amoreiras ou com as ameixeiras-de-jardim.

Mas a verdade é que há pessoas que, por qualquer motivo, embirram sempre com as árvores, sejam tílias, cerejeiras ou outras quaisquer.

Pelo menos existem os blogues que permitem que estas questões se discutam e se conheçam mais pessoas preocupadas com as árvores.

Porras da vida disse...

Meus Senhores,

Não sou de Alcongosta, mas conheço Alcongosta, e gosto da terra.

Penso que em vez de estarem a discutir minudencias, o que é importante discutir coisas mais importantes e necessárias.
Os Senhores já avaliaram o potencial que a vossa terra tem?
Claro que não!
Já pensaram na diversidade de variedade de cerejas que a vossa terra produz?
Já pensaram em termos económicos que a vossa terra pode ter influencia e usufruir de um mercado que é sazonal. Já avaliaram a consequência económica que pode ter o desenvolvimento de uma produção de grande variedade cerejas (algumas autóctnes), utilizando os benefícios do micro-clima, onde esta terra está inserida?
Certamente será uma mais valia para a população de Alcongosta em especialmente a quem se dedica produção de cereja.
Penso que não, porque se o tivessem feito não estavam preocupados com o problema das tílias.
Pensem que há oportunidades que a vossa terra tem em que poderá utilizar para o vosso desenvolvimento.
Já pensaram nas variedades de cerejas que prácticamente estão em vias de extinção?
O que é que pensam fazer?
Não pensem que vão ser as variedades novas que vão fazer com que passem a ter mais rendimentos. Não acredito em termos de futuro que estas variedades vão trazer mais oferta de valor.
Lembrem-se que o MERCADO é uma coisa volátil.
Enfim: para já não falar das maçãs Bravo de Esmolfe, dos Malápios finos, das maçãs Camoesas e das variedades de Peras na qual Alcongosta era e penso que continua a ser uma terra muito fértil.


Talvez haja muito mais coisa a dizer.

Se houver algum interesse, estou dísponível para continuar a falar deste assunto.

Antóno Veríssimo

o meu e-mail: armveríssimo@gmail.com

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