Pedaços de Alcongosta

O Fundão sempre foi, e continua a ser, uma zona pacata, com uma criminalidade muito residual. Nas aldeias, deixar a chave na porta, porque toda a gente se conhece, ainda é prática corrente. Mas se calhar é necessário adaptar os comportamentos às novas circunstâncias. Porque é cada vez mais comum ouvir-se falar em roubos e esquemas. Não sei se acontece mais ou simplesmente há mais queixas. Talvez não.

Só para se ter uma ideia, na coluna Posto de Vigia do Diário XXI anteontem são relatados vários crimes no concelho, outros nos municípios vizinhos. Inclusive, no Fundão, um roubo por esticão. Coisa quase impensável por estas bandas. No mesmo dia registou-se um roubo de material fotográfico. Em Silvares foi furtada uma moto e assaltados dois estabelecimentos comerciais. Em Penamacor um qualquer idiota andou a gamar cobre e na Covilhã desapareceu um carro. Tudo isto na mesma edição do jornal.

O roubo de carros, inclusive, tem sido recorrente também no Fundão. Levam-nos, alguns voltam a aparecer. Muitas vezes desaparecem também os bens que se encontram no interior, como portáteis e afins. Parece que já não moramos na total pacatez. Por isso o melhor mesmo é começarmos a tomar algumas precauções. Estão a ver aquilo a que chamávamos paranóia do amigo de Lisboa que insiste em não deixar nada à mostra para que não lhe assaltassem o carro? Se calhar começa a fazer algum sentido.