Dizem-me que estamos em campanha eleitoral para o Parlamento Europeu. Não tinha reparado. Não será esse período destinado a elucidar as pessoas? Se é, não dei por nada.
O que vejo são indivíduos a insultarem-se uns aos outros, talvez um pouco baralhados sobre que tipo de votação está em causa. Um tornou-se o advogado de defesa do governo, outro limita-se a atacar de forma primária meramente questões de política nacional, há o betinho obcecado com o BPN (não devia guardar tanto empenho para outras lides?) e temos também a cassete recorrente da senhora da "defesa do aparelho produtivo" (que ainda assim tem a seu favor a estatística, que a dá como a nossa eurodeputada mais produtiva).
O que se discute? Generalidades, lugares-comuns, soundbytes desprovidos de substância.
A comunicação social, essa cambada que tantas vezes funciona em manada, entra na onda. Em vez de obrigar a discutir propostas concretas, ou de procurar saber o que, na prática, cada partido apresenta aos portugueses, entra no jogo do agora-ouço-a-acusação-idiota-a-seguir-vou-ao-outro-lado-ouvir-a-resposta-cretina. Chamam-lhe, parece, objectividade, contraditório, ou sei lá o quê. Eu chamar-lhe-ia falta de profissionalismo, ausência de vontade de fazer análises críticas. É mais importante a polémicazinha, o que é que o B chamou ao C, os resultados de meras sondagens e as declarações sobre esses estudos de opinião que a essência da campanha.
Vêm a comunicação social pegar nos programas, sintetizá-los, explicá-los de forma a que o povão perceba o que significam as propostas e comparar o que cada partido defende? Às vezes fazia-lhes bem lembrarem-se da sua função social. Quanto aos políticos, penso que a população não espera mais deles que aquilo com que nos deparamos. What you see is what you get. No pior sentido. Ainda que se tentem mascarar de seres interessados.
Não sei como é que ainda alguém se espanta com as previsões de elevada abstenção.
O que vejo são indivíduos a insultarem-se uns aos outros, talvez um pouco baralhados sobre que tipo de votação está em causa. Um tornou-se o advogado de defesa do governo, outro limita-se a atacar de forma primária meramente questões de política nacional, há o betinho obcecado com o BPN (não devia guardar tanto empenho para outras lides?) e temos também a cassete recorrente da senhora da "defesa do aparelho produtivo" (que ainda assim tem a seu favor a estatística, que a dá como a nossa eurodeputada mais produtiva).
O que se discute? Generalidades, lugares-comuns, soundbytes desprovidos de substância.
A comunicação social, essa cambada que tantas vezes funciona em manada, entra na onda. Em vez de obrigar a discutir propostas concretas, ou de procurar saber o que, na prática, cada partido apresenta aos portugueses, entra no jogo do agora-ouço-a-acusação-idiota-a-seguir-vou-ao-outro-lado-ouvir-a-resposta-cretina. Chamam-lhe, parece, objectividade, contraditório, ou sei lá o quê. Eu chamar-lhe-ia falta de profissionalismo, ausência de vontade de fazer análises críticas. É mais importante a polémicazinha, o que é que o B chamou ao C, os resultados de meras sondagens e as declarações sobre esses estudos de opinião que a essência da campanha.
Vêm a comunicação social pegar nos programas, sintetizá-los, explicá-los de forma a que o povão perceba o que significam as propostas e comparar o que cada partido defende? Às vezes fazia-lhes bem lembrarem-se da sua função social. Quanto aos políticos, penso que a população não espera mais deles que aquilo com que nos deparamos. What you see is what you get. No pior sentido. Ainda que se tentem mascarar de seres interessados.
Não sei como é que ainda alguém se espanta com as previsões de elevada abstenção.
2 comentários:
Então mas os partidos deveriam ter apresentado agora um programa para as europeias, era?!
Desde quando é que estas eleições são importantes para eles? Qual programa! Para eles isto é uma pré-campanha para as legislativa e as autárquicas.
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