Pedaços de Alcongosta

Penso que não foi uma promessa, mas em boa hora foi implementado. Há uns anos já se tinham promovido na Junta cursos gratuitos na área da informática, para ensinar a trabalhar com os programas básicos.

Esta junta fez também um acordo com uma entidade formadora e tem a decorrer, há mais de um ano, um curso de longa duração de Cozinha, onde algumas pessoas desempregadas estão a fazer uma requalificação profissional. Aproveitou-se para dar utilidade à Casa do Artesanato, que infelizmente ainda não está vocacionada para o que era suposto, mas isso é outra história.

São importantes estas iniciativas. Já antes a Junta tinha realizado um curso de Esparto. Na sequência, há pelo menos uma pessoa, a Carla, que se propõe continuar esta típica actividade. Poderia ter sido mais produtivo, mas penso que valeu a pena. Fica a faltar uma acção semelhante virada para a cestaria.

No que está bem não se deve mexer, mas pode ser reforçado. Esta é uma área em que quem vier a seguir poderá apostar com mais frequência e de forma mais abrangente. Mas a Informática é uma área em que se deviam criar novos cursos. Desde a última vez em que isso aconteceu, muita gente passou a ter acesso a computadores, quando antes não tinha. Para além disso, há agora Internet gratuita sem fios em Alcongosta (apesar das falhas na rede que se vão notando, e que é necessário melhorar). Este factor pode ser uma motivação extra.

Os mais jovens aprendem na escola, mas há gente sénior que nunca teve contacto com um computador e um curso de formação gratuito pós-laboral pode ser uma alavanca para aprender as coisas básicas. Escrever no word ou pesquisar qualquer coisa na Internet, por exemplo.

Há fundos a que se pode recorrer para financiar essas acções. Uma possibilidade é tentar protocolos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, ou até com outras entidades. Não custa tentar. Depois resta sensibilizar a população para saírem da infoexclusão. Não será fácil, mas no caso dos idosos que se consigam mobilizar pode até ser uma forma de se sentirem menos sós ou de terem uma forma de passarem o tempo. Estou-me a lembrar assim de repente da Ti Celeste, que ganhou um computador no JF e já aprendeu a mexer-lhe.