Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

Ao contrário do que tinha sido prometido, o governo anunciou ontem o fim da scut na Auto-Estrada da Beira Interior. Até 15 de Abril a A23 passará a ter portagens, salvo seja, porque na prática nem emprego a cobrança irá criar na região, já que será tudo electrónico.

Durante um período transitório de um ano os residentes e empresas poderão requerer a isenção de dez viagens por mês e um desconto de 15 por cento a partir da 11ª viagem. Para isso seremos obrigados a entrar no big brother dos chips, para instalar nos automóveis, que custam a módica quantia de 27 euros. Deste regime temporário só podem beneficiar os concelhos que estão a menos de 20Km da auto-estrada.

Embora paguemos impostos como os outros, não beneficiámos dos milhões enterrados na Carris e em outras empresas que operam na mesma lógica, mas na hora da solidariedade, o Interior é sempre esquecido e ostracizado.

É desta forma que se pretendem esbater as assimetrias regionais? Os desequilíbrios populacionais? É desta forma que se pretende tornar o investimento no Interior mais atractivo? É o chamado retrocesso. Agora, nem o IP2 temos, já que a A23 foi construído em cima dessa via. Onde estão as alternativas? Realmente, é tudo farinha do mesmo saco. Há determinadas classes da sociedade em que não se pode mesmo confiar.

Na hora de votar, provavelmente não me vou esquecer de quem faltou à palavra e, acima de tudo, quem tanto barulho fez com o princípio da universalidade, pressionando para que também a A23 fosse portajada. Como se as circunstâncias fossem as mesmas em todo o lado. Como se esta não fosse uma região deprimida.

4 comentários:

To 39 disse...

Ola estou a ver que os politicos sao todos a mesma coisa
e por isso que nao ligo a politica sao todos uns mentirosos mas e assim em todo o lado eles sao como as galinhas e se apanhando no poleiro e deixar !
Mas gostava de saber como se vai passar com os carros estrangeiros ?

Gardunha disse...

Tó, talvez isto responda mais ou menos à pergunta:

"Como é que os veículos estrangeiros vão pagar estas portagens exclusivamente electrónicas?

Estes veículos serão obrigados à utilização de um dispositivo electrónico temporário de pagamento, ao qual tem de estar associado um sistema de pagamento automático (cartão de crédito). Em alternativa é ainda previsto um sistema de pré-pagamento, com um pré-carregamento mínimo de 50 euros ou de cem euros, consoante seja ligeiro ou pesado, e pagando uma caução pelo equipamento."

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/Interior.aspx?content_id=1659349

David Caetano disse...

Completamente de acordo com o artigo. Quanto aos estrangeiros... basta ver o que foi dito no El País acerca deste assunto para ver como estas portagens são vistas lá fora.

Palhaçada é o que é e, no que se refere aos políticos, só muda o envelope.

filipe mendes disse...

são uma cambada de bandalhos ainda por cima somos mais penalizados do que os que pagam noutros sítio porque ainda temos de lidar com esta confusão toda das portagens electrónicas. já é uma dor de cabeça para quem é mais novo então os mais velhos como é que se explica como é que aquela porcaria vai funcionar?

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