Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

Na lista de prisioneiros de guerra em Goa, que faz hoje 50 anos estiveram em frente a um pelotão de fuzilamento, consta um alcongostense. Adrião Dias Lopes, por nós também conhecido por Côdeas.

A família julgou-o morto e vestiu-se de luto. Afinal, passou meses num campo de prisioneiros em Pondá, Índia, com mais 1750 militares portugueses. Muito depois de partir para oriente, e quando já não era esperado, eis que regressa a Alcongosta, para grande surpresa de todos os que lamentavam mais uma vítima mortal da guerra colonial, iniciada meses antes. Mas não. Voltou, depois de ter vivido episódios dramáticos.

Foi a 19 de Março de 1962, já o grupo tinha sido feito prisioneiro há três meses, que a intervenção corajosa e providencial do capelão evitou o massacre. Ficam as ligações para artigos já com alguns anos, do Expresso, JN e Lusa, que evocam o episódio.


Guerra juntou soldados que tiveram a vida por um fio quando tentaram fugir de Pondá
É o dia 19 de Março de 1962, pelas 18.30 horas. Campo de prisioneiros de Pondá, Goa, Índia. Três prisioneiros tentaram a fuga. Denunciada por um furriel português, a ousada manobra falhou e o acto de indisciplina iria ser pago com o fuzilamento dos 1750 militares portugueses, prisioneiros, em Pondá, desde 17 de Dezembro de 1961. A coragem e a diplomacia do tenente-capelão Ferreira da Silva haveria de evitar o banho de sangue. Quarenta e seis anos depois, Fausto Diabinho ainda não consegue conter as lágrimas ao recordar o fatídico 19 de Março. Viu a morte à frente. Lembra os companheiros a desmaiar, as metralhadoras apontadas, o pelotão de fuzilamento e a voz que gritava "Quem se mexer será abatido". Lembra, sobretudo, o tenente-capelão que, num acto heróico, sai da formatura, arriscando a vida, e consegue negociar com o brigadeiro indiano o perdão dos portugueses, evitando o massacre.

Ler o resto aqui.


"Os acontecimentos reportam-se a 1962 e ao campo de concentração de Pondá, onde estiveram presos durante largos meses cerca de 1750 militares e civis, na sequência da invasão de Goa, Damão e Diu pela União Indiana."

Ler aqui restante artigo do Expresso.



"No dia 19 de Março passou o 44.° aniversário de um inesquecível episódio que ocorreu no Campo de Prisioneiros de Pondá, em Goa, onde se encontravam 1750 militares portugueses, depois da União Indiana ter invadido aquele território, na noite de 17 de Dezembro de 1961."

Texto na íntegra aqui.



"Antigos combatentes partilham memórias e lamentam que população fique alheia ao 50.ºaniversário."

Lusa











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