Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja




Alcongosta é, incontestavelmente, a Capital da Cereja. Um estatuto obtido naturalmente ao longo das décadas em que sucessivas gerações foram tornando o rubro fruto o principal motor da nossa economia. Os pomares foram-se espalhando por outras localidades do concelho (na maioria dos casos de produtores de Alcongosta) e pela Cova da Beira. Mas é aqui, na nossa terra, que essa ligação à cereja tem uma origem mais remota e mesmo umbilical.

O que é certo é que, excepto as placas de boas-vindas da freguesia (a propósito, a precisarem ser renovadas, e de preferência sem erros ortográficos), quando as árvores não estão em flor ou o fruto maduro, pouca é a iconografia na terra a lembrar a importância que a cereja tem para Alcongosta, base da nossa economia.

Nesse capítulo, pequenos passos, mas certeiros, estão a ser dados, no sentido do embelezamento da freguesia, associados à incontornável temática. À entrada de Alcongosta, no sítio do Cabido, foi inteligente afixar as lonas em hexágono, a alertar para o artesanato característico da terra da cereja e para a festa que celebra este fruto tão nosso, tal como se louva o pequeno arranjo envolvente, que contempla a “cereja” agora retocada.

Mais recentemente, todo o muro abaixo do cemitério deixou de provocar indiferença, ao serem afixadas escadas em madeira, objecto tão associado à apanha da cereja (e que se calhar fazia sentido explicar numa placa lá ao lado).

A iconografia em torno da cereja reforça ainda a presença através de outra boa ideia (a contrastar com a infeliz opção, no ano passado, de pintar as ruas), que passou por aplicar pelas artérias do centro de Alcongosta, em calçada portuguesa, os quadros que se vêm nas imagens acima.

Há uns anos, prometeu-se a estátua de homenagem a quem trabalha nas campanhas da cereja, que não se concretizou. Neste caso, tratam-se de intervenções de pouca monta, mas eficazes, sóbrias, que não colidem com a estética da aldeia, antes a sublinham, e que podem ser o início de um trabalho neste campo que há muito se justifica




1 comentários:

Anónimo disse...

Trabalhem e não critiquem. Nem todos têm as mesmas ideias e as mesma disponibilidade. Alcongosta é a minha terra.

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