Michel Giacometti teve um papel na preservação de tradições e de parte da nossa memória colectiva cuja importância, provavelmente, só num futuro mais adiante será devidamente considerada. O etnomusicólogo corso percorreu o país para registar as especificidades da música popular portuguesa em cada região e, em 1972, passou por Alcongosta, onde captou imagens e onde recolheu alguns cânticos para a posteridade. O resultado revelar-se-ia um tesouro do património imaterial português.
O espaço escolhido não podia ser mais apropriado: uma oficina de cesteiro, daquelas típicas, num tempo em que, porta sim, porta não, havia um destes espaços de trabalho e em que a cestaria era ainda a grande marca da nossa terra.
Giacometti dá ênfase à importância do canto polifónico nas tarefas e cerimónias colectivas. Mas, sobretudo, deixou-nos esta porta aberta para um passado não muito distante, mas já praticamente inexistente.
No filme surgem os contributos de seis alcongostenses: Crispina, Ilda (a única ainda viva), Maria Roloa, Salete Tomé, Filomena, Pulquéria.
3 comentários:
Amigo Gardunha;
Os meus agradecimentos pelas notícias de Alcongosta, e possibilidade de ver algumas pessoas que já partiram e ainda conheci!
João Luis Brito Fortunato
PS: Michel Giacometti, que conheci pessoalmente,não era Italiano, mas sim Corso (Francês), pois nasceu em Ajjacio e assim era conterrâneo de Napoleão Bonaparte!
Um abraço
João Luis Fortunato
Amigo Gardunha;
Os meus agradecimentos pelas notícias de Alcongosta, e possibilidade de ver algumas pessoas que já partiram e ainda conheci!
João Luis Brito Fortunato
PS: Michel Giacometti, que conheci pessoalmente,não era Italiano, mas sim Corso (Francês), pois nasceu em Ajjacio e assim era conterrâneo de Napoleão Bonaparte!
Um abraço
João Luis Fortunato
Tem razão. Era natural da Córsia. Obrigado pelo alerta. Conheceu-o pessoalmente em que circunstâncias? Se foi durante as filmagens em Alcongosta, era interessante partilhar pormenores desses momentos.
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