Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

Do João Nuno Rodrigues chegou um texto onde é explicada, com base numa lenda, a origem da festa em louvor da senhora da Anunciação.

"« Lenda duma praga em Alcongosta e arredores: Houve uma praga que roía a folhagem dos castanheiros, ouvindo-se na povoação o ruído que ela fazia, em virtude do que se votou uma festa à Senhora da Anunciação (actualmente orago de Alcongosta), festa que ainda se realiza na oitava da Nactividade de Nossa Senhora, sendo antigamente a 25 de Março.

Veio uma campainha de Santa Cruz, e, tocando-a, os povos vizinhos correm à mata, em procissão de cruz alçada, cantando a ladainha. A praga acabou, vindo parte a morrer nas paredes do templo. A praga era uma espécie de lagarta, peluda, como ainda hoge aparece, e comia a folha dos castanheiros.»
Retirado do livro do Dr Alfredo da Cunha "Achegas para a Historia da Vila do Fundão"

Uma achega...
Este é um texo que contribui em muito para a justificação do aparecimento do culto a Nossa Senhora da Anunciação. Embora se trate de uma lenda, não se pode despresar, visto que apresenta fundamentos históricos bastante válidos, como a doença dos castanheiros, que exterminou os soutos centenários.
Já em tempos remotos, no reinado de D. Dinis, se falava no templo de Santa Maria de Alcongosta. Ora, vem daí o culto mariano que, no século XVIII, já era de evocação à Senhora da Anunciação.

Cumprimentos,
João Nuno Rodrigues"

A foto é um contributo da Telma Rolão. O da frente parece o pai dela. Reparem na casa atrás. Julgo que é onde agora mora o Paulo da Ribeira. Chamo a atenção para as colchas nas janelas. Até há alguns anos toda a gente fazia isso. O costume perdeu-se e agora isso acontece raramente.

1 comentários:

Anónimo disse...

Só mesmo o Levezinho p saber essas coisas

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