Pedaços de Alcongosta

Instantâneos da Terra da Cereja

15 novembro 2008

Manifs de profes e alunos

Depois de em Castelo Branco ter havido porrada e de os professores se terem também manifestado em Lisboa (os do Fundão também foram, como se no vídeo) os protestos continuam por todo o país.
Haverá por aí gente esclarecida que possa explicar exactamente o que se passa?


Alunos do Liceu de Castelo Branco (ESNA) a ser "acariciados" pelos senhores agentes


Professores do Fundão na manif de Lisboa

6 comentários:

Anónimo disse...

Foi um grnde momento de apoio ao grande amigo do Fundão e do sr.candidato, sr. secretário Lemos que é ex-independente.

A propósito_
para além dessa estupidez de contactos com a UBI, instituição que se está a borrifar para a região, qual é o projecto educativo do independente candidato?
Está a favor ou contra os professores sr. candidato?

Anónimo disse...

Se toda a gente é avaliada no seu trabalho porque é que os professores não hão-de ser? Ainda por cima sendo uma classe que, com alguns anos de carreira, é bem paga e tem influência na educação das crianças. Porque se o problema não é esse não é isso que têm transmitido.

Anónimo disse...

Não diga disparates. Os profeesores não são contra a avaliação. São contra esta educação!
A educação da vergonha do PS. O Sr. Lemos , amigo do candidato, merecia uma boas reguadas.
Mas é a srª "menestra" do governo do Sr- engenheiro (que nunca foi avaliado ) Sócrates, logo o reguadas tem qu ser a favor.
O lugar de cabeleireiro está prometido.

Valter Lemos o maior inimigo do progresso da do nosso querido Fundão, inimigo da Educação Nacional mas muito amigo desses tais
O sr. candidato à Câmara é muito amigo do Valter Lemos?
Concorda com a avaliação?
Também acha que as manifestações são só "música" de comunistas e de manipuladores de criançinhas,Reguadas?
Antigamente os comunistas comiam as criançinhas, agora manipulam as mentes por SMS.Sinais dos tempos e da revolução tecnológia do pré- magalhães, a grande descoberta do Partido Socialista.
Sócrates para Nóbel.

Anónimo disse...

Esse é o problema: as generalidades que nada dizem, método muito utilizado também por políticos.
Caramba, pode então alguém explicar com o que é que não concorda, em vez de se limitar a dizer que é com esta educação? O que é, em concreto, "a educação da vergonha"?
Não digo que têm razão ou não, simplesmente não se fazem entender, ao usarem apenas sound bites vazios de conteúdo. Pelo menos os alunos percebe-se logo que estão descontentes por causa da alteração do regime de faltas.

Anónimo disse...

Após a manifestação que reuniu mais de 120 mil professores!

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Ana Benavente:
Ana Benavente
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Antiga Secretária de Estado da Educação considera "a política educativa profundamente errada”.
“Nas escolas tudo se tornou mais importante do que ensinar.”
Para os professores, “criaram-se novas castas e uma avaliação burocrática brutal.”
Para os alunos passou a existir “uma imensa impostura pedagógica” que faz com que “se mexa nos números e não na qualidade da aprendizagem”.
“Quando uma classe profissional contesta uma política com esta dimensão, não pode um governante dizer que está certo contra o mundo.”
“O que dá ao governo um certo conforto é a maioria absoluta mas isso é uma visão de curto alcance.”
“Se olhar para as próximas eleições, o governo deve ter consciência que os professores e os seus próximos significam muitos, mas muitos votos.”
O Governo “tem muitíssimas razões para estar preocupado depois desta manifestação de força e deve repensar a sua politica educativa, principalmente na avaliação dos professores.”

Manuel Alegre:


Manuel Alegre

“A escola pública requer exigência, não pode trabalhar para estatísticas, isso é pôr em causa a igualdade de oportunidades entre quem tem dinheiro e vai para a privada e quem fica na pública.”
“A dimensão da manifestação não me surpreendeu. Se tantos estão na rua, terão as suas razões. O Governo deve ouvir a voz da rua”.
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Mostrou-se chocado com a intervenção da ministra da Educação durante o protesto dos Professores. Primeiro com a “inflexibilidade” da governante: “Temo que isso mine a confiança dos Professores, na própria profissão.” Depois com a “pouca cultura democrática”, ao referir-se à manifestação como um acto de “intimidação”.
Uma grande percentagem dos professores, que estima entre os 60 e os 70 por cento, votaram PS nas últimas legislativas.

Helena Matos:
(creio que não é socialista…)

Helena Matos

Vê como motivos de preocupação, pelos muitos sinais que vêm das escolas, a “manipulação das estatísticas”. Outro é a reforma em massa de professores. “É um sinal terrível, porque estamos a falar da saída do sistema de professores efectivos que são determinantes paro o funcionamento do rendimento das escolas.”
Cfr. Leonete Botelho.
in, "Público"

Chega sr. Reguadas?
O sr. dr. candidato não opina, anda afónico com o camarada Valter Lemos noutras músicas lá para Penamacor...

Anónimo disse...

Estamos REALMENTE fartos!


Boas,
enquanto responsável pela Edição do Site do SPN, senti-me no direito de recorrer à figura da defesa da honra, prevista na actividade parlamentar e que para este espaço convoco, na qualidade de cidadão e professor ofendido com as palavras do Senhor Secretário de Estado Valter Lemos.


O Jornal de Notícias trazia na sua edição de 4ª feira (8 de Outubro) uma reportagem sobre o facto de as aposentações entre os professores terem duplicado nos últimos tempos.


Na referida reportagem, estavam incluídas declarações de um Professor, um daqueles com P MESMO GRANDE. O Moreira é um daqueles professores que nos ficam na memória - fiz estágio em Rio Tinto (a minha terra!), na escola onde, entre outros grandes MESTRES, me foi possível aprender muito com o Moreira. Um Homem que deu tudo, que teve todos os cargos, todas as funções e que de forma frontal assume a dificuldade perante o desastre da situação actual.

"A partir do momento em que comecei a sentir a profissão como um fardo, em que comecei a pensar que estava a mais, com a desconsideração cada vez maior relativamente à profissão, com tudo o que se dizia sobre os professores, comecei a estudar seriamente a hipótese de pedir a reforma antecipada"
Todos sabemos que a reportagem e os números do JN podem estar errados. Mas por defeito!

O João Gobern (Pano para Mangas de 8 de Outubro) e o Manuel António Pina, na Antena 1 e no JN, respectivamente, abordam a situação de forma absolutamente fantástica:

Manuel António Pina escreve sobre "A Grande Evasão" e João Gobern fala sobre o "descansem em paz."

Já o Senhor Secretário de Estado Valter Lemos vem a terreno com declarações que me ofendem. Ou antes, que nos ofendem.





Diz o nosso superior hierárquico (e é apenas essa a qualidade que me obriga a manter o respeito por si!) que se trata apenas de uma manipulação dos números e somos todos uns mentirosos porque afinal de contas estamos motivados.


Pois bem, Sr. Lemos, nós não estamos motivados.
Os resultados não estão a melhorar e se estivessem isso não se deveria nem ao Senhor, nem ao Senhor Primeiro Ministro e, quero acreditar que não se deveriam a nós.

Porque a verdade é que os alunos não sabem mais e por isso não podemos ter melhores resultados.
O que acontece é que nós temos que os passar mais porque os Senhores a isso obrigam.


Também eu estou farto e não fosse o facto de ter só 34 anos (de idade e não de serviço, infelizmente!!!) e também eu estaria a contar os dias para me ir embora.
Como eu, outros tantos. Não conheço um único. Um que seja que diga que está motivado.


Estamos fartos, porque não conseguimos ensinar nada a ninguém. O drama é que, ao contrário das teorias, eles não aprendem sozinhos.
Estamos fartos, porque nos querem obrigar a viver divididos quando o que nos une é muito mais forte do que aquilo que supostamente nos separa.
Estamos fartos de ter horários impossíveis, onde são os alunos que ficam para trás. Substituições, reuniões, papeladas e relatórios. Temos que fazer tudo, menos trabalhar com alunos e para os alunos.
Estamos fartos, porque gostamos de usar os computadores com os nossos alunos, mas até nós ficamos enjoados com tantas mentiras e tanto foguetório à volta das TIC. Sem o "software docente" não há hardware que faça nada!
Estamos fartos, porque nos dizem que estamos a ser avaliados, quando todos já perceberam que estamos é a ser lixados (em bom português...).
Estamos fartos de nos dizerem para usar a Autonomia, quando até para respirar precisamos de uma autorização superior - do Ministério às Direcções Regionais, passando pelas equipas de apoio às escolas e até a alguns Executivos, anda tudo com uma mania de superioridade que nos dá vontade de fugir!
Estamos fartos, porque nos estão a cair em cima todas as responsabilidades sociais, quando a nossa capacidade e o nosso tempo está todo tomado para responder ao Processo Kafkiano do ME.


Estamos fartos... FARTOS... FARTOS!...


É claro que há meia dúzia de boys que, no poder da titularidade ou na ignorância da gestão, pensam que o caminho é este. E esses andam felizes e contentes no caminho do Senhor.
Mas, a história do presente mostra que o destino desses está guardado a sete chaves no cofre dos Bancos Hipotecários Americanos.


Se me permitem e para terminar - eu sei o que vou fazer agora e sempre: continuar a lutar!
Mas também sei o que vou fazer nas próximas eleições!




Professor FARTO

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