Pedaços de Alcongosta

Não foi dos maiores que já se fizeram, mas à meia-noite o madeiro voltou a acender-se, como acontece todos os anos, em Alcongosta. Serviu de ponto de encontro a muita gente, aqueceu muitos quase até de manhã, em convívio à volta da fogueira.
A madeira, muito seca, ardeu com facilidade e a foto foi tirada quando já grande parte tinha desaparecido. No entanto, ainda há tocos na Praça. Chegou e sobrou.

Só uma observação, já levantada nos comentários, com toda a pertinência. São sempre os mesmos, mais um ou outro que se junta, quem vai buscar o madeiro. Se nas outras localidades é quem tem 18 anos que fica encarregue disso, em Alcongosta sempre se foi buscar a madeira no próprio dia, por quem se juntasse para a transportar.

Acontece que são quase sempre os mesmos. Outros que o costumam fazer, cansam-se e deixam de ir. Cepos parece não faltarem, mas é curioso que muitas vezes, quem tem mais recursos, não se chegue à frente para ajudar.

Falo, por exemplo, das camionetas e máquinas necessárias para carregar a madeira. Não deve haver terra com tanto veículo de caixa aberta como a nossa. E onde é que elas estavam quando foi preciso ir buscar a lenha? Quem é que se ofereceu? Pois...

Se calhar o ideal seria criar um sistema de rotatividade, por nomeação, ou qualquer outro método, para que se soubesse quem vai buscar, embora todos pudessem ajudar. Ou então a junta assegurar o madeiro. Ir buscar e assinalar as pessoas que ao longo do ano mostrem disponibilidade para oferecer as raízes de árvore. Já imaginaram se os poucos que todos os anos contribuem para este bem colectivo um dia resolverem que já chega?

Já agora, se souberem os nomes de quem fez o madeiro, este ano, de quem emprestou as viaturas e de quem ofereceu a lenha, enviem. Era uma maneira de prestar um agradecimento público.