Nós, portugueses, tantas vezes militantes desse exercício de nos indignarmos à mesa do café; de protestar, no círculo de amigos, contra esses eleitos indignos que não sentimos que nos representam; de contestar, entre garfadas num bife, ao jantar, políticas e decisões; de vilipendiar quem achamos que desbarata os dinheiros públicos; de praguejar, perante o vizinho, por acharmos que a sociedade em que vivemos não está no rumo certo, somos simultaneamente cidadãos civicamente passivos e useiros e vezeiros na tão típica expressão "o que é que se há-de fazer?", proferida não como interrogação, mas como uma fatalidade.
Na hora de apresentar sugestões, de pôr à discussão perspectivas alternativas de desenvolvimento, remetemo-nos à nossa concha, deixando aos outros a tarefa de decidirem por nós, não ousando pensar por nós próprios e apresentar à comunidade eventuais caminhos. A opinião de cada um de nós é tão válida como a de um qualquer deputado municipal, qualquer outro eleito ou a chefia de qualquer organismo público. No entanto, nem sempre temos essa percepção. Ou simplesmente é mais cómodo o papel de menorização a que nos submetemos.
Mas vão sempre surgindo pedradas no charco a tentar agitar as águas. Um desses momentos está agendado para 31 de Março, às 21h30, na Praça do Município.
Refiro-me à iniciativa OUVIR e FALAR - CICLO DE TERTÚLIAS PELA DEMOCRACIA E CIDADANIA, organizada por um grupo de fundanenses aparentemente descomprometidos com facções partidária, religiosas ou outras.
A premissa é partir das conversas de café para uma grande conversa na rua sobre tudo o que nos inquieta ou preocupa. A organização nota que não há respostas erradas. Todas as opiniões são válidas. "Não temos partido, mas tomamos partido" parece-me um bom lema e a tertúlia um aliciante espaço público de troca de ideias. Em nome do Pedaços de Alcongosta endereço os parabéns a quem a promove.
Na hora de apresentar sugestões, de pôr à discussão perspectivas alternativas de desenvolvimento, remetemo-nos à nossa concha, deixando aos outros a tarefa de decidirem por nós, não ousando pensar por nós próprios e apresentar à comunidade eventuais caminhos. A opinião de cada um de nós é tão válida como a de um qualquer deputado municipal, qualquer outro eleito ou a chefia de qualquer organismo público. No entanto, nem sempre temos essa percepção. Ou simplesmente é mais cómodo o papel de menorização a que nos submetemos.
Mas vão sempre surgindo pedradas no charco a tentar agitar as águas. Um desses momentos está agendado para 31 de Março, às 21h30, na Praça do Município.
Refiro-me à iniciativa OUVIR e FALAR - CICLO DE TERTÚLIAS PELA DEMOCRACIA E CIDADANIA, organizada por um grupo de fundanenses aparentemente descomprometidos com facções partidária, religiosas ou outras.
A premissa é partir das conversas de café para uma grande conversa na rua sobre tudo o que nos inquieta ou preocupa. A organização nota que não há respostas erradas. Todas as opiniões são válidas. "Não temos partido, mas tomamos partido" parece-me um bom lema e a tertúlia um aliciante espaço público de troca de ideias. Em nome do Pedaços de Alcongosta endereço os parabéns a quem a promove.
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