Pedaços de Alcongosta

Todos sabemos como o sal em excesso faz mal à saúde e temos noção de que o Tuga gosta da comida puxadinha. Mas há alternativas ao sal: as plantas aromáticas. No entanto, o nosso desconhecimento em relação a elas e ao seu potencial é ainda enorme.

Neste particular, o Centro de Informação Ambiental do Fundão pode dar uma ajuda. Nos dias 18 e 19 de Abril promove um Curso de Iniciação às Plantas Aromáticas e Medicinais. A inscrição custa 30 euros e pode ser feita até dia 9, pelos telefones 275 779 060 (extensão 330) / 969 527 918 ou via e-mail: ciambf@gmail.com.
O curso realiza-se nos armazéns dos Arraiais e tem como conteúdos: Apresentação e Identificação de Plantas; Propriedades e utilidades das Plantas em Fitoterapia, Aromoterapia, Culinária e Horta/Jardim; Confecção de cremes, pomadas e prova de chá.

Horário:
Sábado dia 18 de Abril das 09:30h às 13:00h e das 15:00h às 17:00h
Domingo dia 19 de Abril das 09:30h às 13:00h

A mulher com mais idade de Alcongosta completou há poucos dias 99 anos. É a Ti Gertrudes Pacinhas. Morava na travessa da Rua Nova, agora está no Lar de Alpedrinha (até porque a nossa terra ainda não dispõe das estruturas necessárias, apesar das promessas eleitorais, para acolher quem no Outono da vida precisa de mais acompanhamento).

A anciã da nossa freguesia, não obstante a idade avançada, encontra-se perfeitamente lúcida e com boa memória. Se calhar era boa ideia a Junta de Freguesia aproveitar estes autênticos arquivos humanos para poder preservar, registar e catalogar episódios da nossa história. Há várias pessoas com boas histórias para contar a quem ainda se pode recorrer. Mas atenção, porque o ser humano não é eterno.

Gostava de poder postar uma foto da Ti Gertrudes. Será que alguém tem uma imagem dela? Há alguém da família, por exemplo, que possa enviar para o Pedaços de Alcongosta?

Foto tirada daqui.

O concelho do Fundão está habituado a uma relativa pacatez no que à criminalidade diz respeito. Mas nos últimos tempos ouvimos falar de roubos, de assaltos, alguns até violentos. Tem sido cada vez mais frequente. Nas últimas semanas várias casas e estabelecimentos comerciais foram assltados ou sofreram tentativas. Os larápios passaram inclusive por Alcongosta.

Claro que há situações que não se podem evitar, em alguns casos as autoridades até prendem para a lei que temos soltar os meliantes logo a seguir. A GNR também não consegue andar a vigiar todos os cidadãos, mas se calhar haveria mais recursos para a prevenção da criminalidade se os geninhos não andassem ocupados a servir de lacaios a empresas privadas que gerem espaços de estacionamento.

É vê-los constantemente, muito diligentes, muito atentos aos poucos veículos que lá param nos locais de estacionamento pago no Fundão. Ou seja, praticamente todas as ruas do centro e zonas circundantes. Podem argumentar que estão a fazer o trabalho deles, possivelmente pressionados nesse sentido, podem estar a ganhar o deles num serviço gratificado, na caça à multa, mas isto não parece mal? Não dá a ideia de sabujice?

Foto guarda.pt

Os elementos do PS/Fundão dizem que em Abril apresentam os candidatos socialistas às autárquicas. Agora a surpresa: dizem que não o fazem antes porque "à medida que os apresentar os trabalhos eleitoralistas nessas freguesias vão intensificar-se'. E pergunto eu: qual é o problema? Para as populações isso parece-me benéfico. Sejam eleitoralistas ou não, o que interessa é que as obras necessárias sejam feitas.

Não querem apresentar já hoje o candidato a Alcongosta? Pode ser que a terra, praticamente esquecida pela câmara durante quatro anos, comece de imediato a ser alvo desses tais "trabalhos eleitoralistas".

Na conferência noticiada pelo Diário XXI estava presente Conceição Martins, vereadora na autarquia fundanense, e Vítor Cunha, presidente da concelhia. Ó meus caros, não podiam pelo menos fazer de conta que o que importa são as pessoas, e não a politiquice?

A Travessia da Gardunha, com saída do Fundão, passagem por Alcongosta e chegada ao Casal da Serra, é já no próximo domingo. É uma caminhada em que se vivem sempre grandes momentos. As imagens acima lembram a de 2004, num cenário não muito típico. O sol do costume foi substituído por neve. As fotos foram tiradas em Alcongosta, pelo autor do Digital Daguerreotype, aos bravos que fizeram o percurso na totalidade, com a neve a cair, até Castelo Novo. O que vale é que no final o porco no espeto faz esquecer essas adversidades. E do ano passado, uma travessia com chuva intensa, alguém tem fotos?

Desde 2004 a funcionar na zona de expansão da cidade, junto às piscinas cobertas, o mercado semanal de segunda-feira regressa ao centro do Fundão, num espaço totalmente diferente daquele de onde saiu. Parece que tem agora menos feirantes, já que a capacidade máxima do chamado Centro Cívico dá para acolher 150 tendas. Vamos ver no que dá.
Nos dias de mercado o estacionamento no subterrâneo, mesmo ali ao lado, custa 1 € o dia inteiro. Devem ser os únicos dias em que o silo deve ter clientela que se veja...

Já foi ao cimo da avenida, passou para o mercado como sempre o conhecemos, onde agora está o pavilhão multiusos, começou a funcionar depois na parte de baixo, onde se realizava a FACIF, até que a feira semanal foi transferida para o Sítio do Vale. Agora regressa, vamos ver com que resultados. É verdade que muita gente perdeu o hábito de ir ao mercado. O centro do Fundão, que às segundas mais parecia uma metrópole muito movimentada, deixou deassistir a esse frenesim. Não sei se as coisas vão voltar ao que eram.

A foto, tirada esta semana, mostra como se encontra Alcongosta: rodeada de branco por todos os lados. Também já se vêem muitos curiosos e no fim-de-semana, é provável que cheguem autocarros, embora as cerejeiras tenham ficado em flor mais cedo que o habitual.

Este é um cartaz que atrai muita gente, mas será que está a ser devidamente explorado? Somos o berço da cereja, a capital do rubro fruto. Quem quiser ver o espectáculo do mar branco e a chuva de pétalas, Alcongosta é o local indicado. Mas as pessoas vêm, por elas próprias, e não têm programas de entretenimento, não têm um conjunto de iniciativas e locais a visitar devidamente organizados por quem conhece.

Na minha óptica este é uma falha clamorosa que ao longo dos anos nenhuma Junta de Freguesia teve capacidade de iniciativa e sagacidade para colmatar. E não falo em organizações de elevado custo. Bastava boa vontade, algum trabalho e algumas ajudas. Não teria toda a lógica na Capital da Cereja se organizar um Festival da Cerejeira em Flor? Durante um ou dois fins-de-semanas ter um conjunto de actividades, com a prata da casa, que desse outro tipo de enquadramento a esta ápoca.

Com tanto artesanato que há na terra, podia-se por exemplo escolher esta altura para organizar uma Feira do Artesão, com barracas para expôr os produtos, exposições, visitas às oficinas dos artesãos para os ver trabalhar, passeios pedestres focados no que é característico em Alcongosta. A animação poderia ficar a cargo dos Bombos de Alcongosta e chamar um ou outro acordeonista. Até se poderia pedir a colaboração da escola, tempos livres e clube para darem o seu contributo de alguma forma.

Estamos a falar de coisas não dispendiosas, que poderiam segurar por mais umas horas na freguesia quem visita Alcongosta. Pode ser que com alguma vontade se enverede por esse caminho. Se há privados a explorar esse potencial, a nível da visita aos pomares, porque não complementar o bonito postal que é a Terra da Cereja nesta altura?

Alcongosta já está pintada de branco. Não se trata de mais um nevão. Pelo contrário. O calor dos últimos dias acelerou a floração das cerejeiras, que há uma semana começaram a abrir e desde o fim-de-semana que as cerejeiras estão completamente em flor. Em breve começa a característica chuva de pétalas.

Nestes dias começa também a romaria de gente de fora que vem dar um passeio por Alcongosta para ver as Cerejeiras em Flor. São autocarros, veículos particulares, gente de bicicleta. Hoje já vi pessoas na estrada munidas de máquina fotográfica.

Apesar de alguns pomares terem este ano grandes clareiras por causa da renovação das árvores (como acontece na entrada pela estrada do lado de Alpedrinha, onde o Alberto Mendes arrancou cerejeiras, e pelo Alcambar, onde o Tó Mendes também substituiu alguns leirões) a paisagem continua a ser a do costume: branco por todos os lados.

Para quem aprecia os dois, vão ter de escolher, porque Rodrigo Leão e Deolinda estão no mesmo dia na região. O primeiro em Castelo Branco dia 27, os Deolinda na Covilhã, um dos mais interessantes projectos da nova geração. Para esse dia e no seguinte o ingresso custa 15€. Nos restantes a entrada na Semana Académica da UBI é mais barata.

Rodrigo Leão é Rodrigo Leão. Ponto. Não é necessário dizer mais, porque a sua música fala por si. A boa notícia é que o compositor dá um concerto em Castelo Branco, diz 27 de Março, sexta-feira, no Cine Teatro Avenida.
Não deixem passar a oportunnidade de viver a experiência de um espectáculo ao vivo do ex membro dos Madredeus. Os bilhetes são a 15€ , 17€ e 20€.

Outro herói de outros tempos. Este entrava-nos em casa nos anos 80 aos domingos, ao final da tarde, e conseguia safar-se das situações mais improváveis e incríveis. Era o engenhocas MacGyver, interpretado pelo Richard Dean Anderson. Com um clip e uma pastilha elástica era capaz, sei lá, de rebentar com umas grades e fazer explodir uns quantos camiões.
MacGyver era agente de uma agência governamental e em vez de andar à pancada, usava os seus conhecimentos científicos para derrotar os inimigos. As suas invenções baseavam-se em princípios físicos e químicos. Normalmente revelava uma grande capacidade de improviso nas condições mais adversas.
Lembro-me também de uma personagem divertida, o maluco do Jack Dalton. Mas a Teri Hatcher, hoje uma dona de casa desesperada, também integrava o elenco.

Integrado no Ciclo de Tradições da Quaresma, o Coro Misto da Beira Interior dá um original concerto domingo, às 18h, na Igreja Matriz do Fundão. Trata-se de uma criação propositada para a Quadragésima, em que os sons se obtêm ao bater em várias partes do corpoe com o recurso à voz.
Em palco vão estar oito percursionistas, que têm como instrumento o próprio corpo, nu.

'Vão estar vestidos só com uma túnica, que depois tiram, ficando tal como Cristo na cruz. Eles obtêm sonoridades com o bater de várias partes do corpo, umas com as outras', descreve. Pés, mãos, barriga, braços e pernas a nu vão produzir os sons 'que são uma evocação da penitência', explica o maestro Luís Cipriano ao Diário XXI de hoje.

A entrada custa apenas 3 € e parte das receitas reverte para a APPACDM do Fundão.

A Travessia da Gardunha, integrada no Encontro Ibérico de Montanhismo, realiza-se a 29 de Março. Depois de ter terminado em Castelo Novo e Louriçal do Campo, este ano acaba em Casal da Serra.
Já sabem, é preciso madrugar e ser pontual. O ponto de encontro é às 8h em frente à Câmara do Fundão. A caminhada começa então a caminho da Casa do Guarda, em Alcongosta, onde há o habitual reforço alimentar, e continua até ao outro lado da montanha.
Os sócios da Gardunha Viva, entidade organizadora, pagam 7 €, os não sócios 10€. As inscrições podem ser feitas até 25 de Março, pelos números 275772082, 961720905, 961720904, 967994352 ou pelo mail info@gardunhaviva.com.

Parece incrível que alguém caia nestes esquemas, mas a verdade é que eles são rentáveis para os burlões. Na semana passada mais uma pessoa foi engadana no Fundão. Um idoso, pois claro, o tipo de vítima preferencial. A ingenuidade, a ganância, a perspectiva de poder ganhar tão facilmente dinheiro, o paleio dos burlões levam as pessoas a baixar a guarda.

Leiam a notícia no Jornal do Fundão e passem palavra. Sobretudo a familiares e conhecidos com alguma idade.

Já aqui falei nisso, mas reitero a sugestão. Não era má ideia a Junta de Freguesia promover uma sessão de esclarecimento em Alcongosta sobre estas matérias. A GNR costuma estar disponível para essas iniciativas. O ideal seria dar a informação na igreja, cafés e lar para que o maior número possível de pessoas estivessem presentes.

Foto retirada de O Arrumário.

Um texto da A23. E já agora fica a informação de que a violência doméstica é um crime público, qualquer um pode denunciar.

Grande reportagem
Sem voz nem voto em casa
Chama-se Ana mas poderia ser Maria, Conceição ou Magda, o nome não interessa se o que nos propomos é apresentar o retrato possível da violência doméstica na região. Mas esta mulher de quem falamos nem sequer se pode dizer que seja pobre ou oriunda de uma família problemática. A Ana é tão só uma entre muitas mulheres agredidas em Portugal. Texto de Dulce Gabriel

Um grupo de alcongostenses assinala hoje o Dia Internacional da Mulher com um jantar no Café do Meias. Uma data fixada desde o início do século passado, com o incremento da industrialização, para alertar para a discriminação a que as mulheres eram votadas quando começaram a trabalhar nas fábricas e tinham salários e direitos bem inferiores aos dos homens.

Comparo o Dia da Mulher, de certa forma, à lei do tabaco. É lamentável ter de haver uma lei para obrigar as pessoas a ser civilizadas. É uma tristeza o Governo ter de regular para lembrar alguns fumadores que a sua liberdade termina onde começa a dos outros. Pode ser até uma ofensa para quem fuma e sempre respeitou os outros. Mas enfim, a lei acaba por se justificar.

No caso do Dia da Mulher, era preferível que não tivesse de existir. Infelizmente, significa que já estamos no século XXI, muito se progrediu, mas não o suficiente. Significa que continua a ser necessário lembrar as discriminações várias com que o sexo feminino se depara. Na progressão de carreiras, no acesso a lugares de topo, em muitas outras situações do quotidiano. Nota-se quando uma mulher engravida e o contrato de trabalho não lhe é renovado, por exemplo. Nota-se com os comportamentos machistas de muitos de nós. Quando se acha normal que a mulher chegue do trabalho e tenha de executar sozinha as tarefas domésticas.

É lamentável, realmente, mas assinalar o Dia da Mulher ainda faz todo o sentido. Parabéns ao grupo de mulheres de Alcongosta que se juntou para o celebrar. Se alguma tiver fotos de tão selectivo evento e as possa partilhar, desde já o agradecimento do Pedaços de Alcongosta.

Não trouxe a estrela da companhia, Ricardinho, por lesão, mas o Benfica já chegou com Arnaldo, João Marçal, Gonçalo, Bébé e a restante equipa para este sábado, às 17h, defrontarem a Associação Desportiva do Fundão para a 21ª jornada do campeonato nacional de futsal.
Na sexta à noite os pupilos de André Lima já foram vistos nas redondesas. Amanhã os encarnados, primeiros classificados, encontram a turma liderada por José Luís, que este ano está a fazer uma excelente campanha e se encontra no 6º posto da tabela.
Força Couto e restante turma fundanense!

É com agrado que registamos que Alcongosta entrou na rota da interessante revista A23. A mais recente edição está à disposição de quem a queira ler ou levar um exemplar no bar do Clube Académico de Alcongosta, onde foram entregues algumas.
Obrigado aos responsaveis de tão voluntarioso projecto por terem dado atenção à observação que aqui fizemos há alguns meses. Parece-me que é importante as aldeias, muitas vezes desconsideradas, serem tidas em conta nestas coisas. Sei que não é a ideia que muito pingarelho armado em citadino tem, mas nas aldeias também se apreciam as manifestações culturais.
Continuação de bom trabalho, ainda que por vezes com textos apenas escritos para o próprio umbigo. Ficamos a aguardar, com as expectativas do costume, o próximo número.

A foto retirada do Andarilho, que reproduziu as fotos do Pedaços de Alcongosta sobre o castanheiro que caiu ontem no Fundão, mostra a referida árvore, com mais de 200 anos, ainda de pé, mesmo na curva da rua. Ora aqui está uma imagem que não se vai repetir.

A apenas alguns metros dalí, junto ao estacionamento da Escola Secundária, a copa de uma árvore estava caída encostada a um automóvel, em frente ao Miguel. No Corredor Verde da zona industrial uns três ou quatro postes de electricidade, dos de madeira, também partiram. Os fios estavam para lá pendurados e já andavam técnicos a reparar a situação.

Na estrada para Alcongosta o vento forte também arrastou uma palete para a via. Atenção ao passar junto ao armazém do Tó Mendes.

Do João Juno Rodrigues chegou uma pequena lição de história, sobre a presença da comunidade de cristãos-novos, os chamados marranos, em Alcongosta. São vários os vestígios deixados nas habitações onde moraram.
Já agora, mas alguém pode acrescentar algo acerca deste assunto? Eu posso dar uma pequena achega. No texto são referidos os nomes de família. O sobrenome de quem está ligado a elementos da natureza ou animais, como Oliveira, Pereira, Ribeiro, entre outros, provavelmente descende destes judeus obrigados a converterem-se ao catolicismo.